PARANGOLÉ





A alma do Parangolé grudou-me a aura feito chiclete, desde tempos antediluvianos. Pensando-se corpo-plástico, personificar-se-ia-me; espírito-bronze. A mim restar-me-ia então, saborear-me. Para então  Sabor e Arte.
A alma do Parangolé-Pensador orando sem vozes o som do silêncio, que gagueja aquilo que não quer calar. Crendo que era o espírito do Parangolé-Alma, que tão intenso de corpo-tato-coração, era capaz de tocar-me à criatividade noite a fora.
E assim transformar-me-ia em celebridade-popular. Sendo físico, fisiológico, matéria e imaterial. Para voltar a ser home page e MP3, sob o grito do teclado-mouse, lendo Nietzsche  no vale do silício.
Encontrava-me acima da paz do monitor-scanner-digital. Abaixo da luz das estrelas-carentes. Olhando com o terceiro olho, a lente de uma webcam. Tentando seduzir o sedutor.
Conectando-me ao mundo, todos esses anos, somente através do telefone intracelular.
E sobre o explendor da externet - amar o Parangolé on line, movido por um orgasmo existêncial. Sensorial!
Para no sentido inverso, Parangolé-gozar, o que jamais fora-parangolar. Sim... Almas pálidas off line! Tudo isso para voltar a ser  o que jamais fora.

Um tanto de Gil, um pouco de Caetano. Mangueira. Uma dose de Bethânia, Andy Warhol, Ziraldo, Tarsila do Amaral, Glauber Rocha, Jorge Mautner, Elza Soares, Waly Salomão, Celeida Tostes, Os Mutantes, Jorge Benjor e Ligia Pape. Muita Tropicália e muita pimenta. Gal Costa, Secos e Molhados, Naná Vasconcelos, Rolling Stones e Beatles. Um bocado de Chico Buarque. E muitas, mas muitas cartas, para Hélio e Clark.

A alma-Parangolé era o lado de dentro de uma multidão pisando em cidades de argila.
O fio desencapado da Arte, dando choque no sistema nervoso central. Eu, afortunadamente fui, serei e soul  o lado de fora do lado de dentro, do espírito-alma sem lados. Soul todo Zen e soul todo Osho! Soul samba-Parangolé-baião. Soul de roda, soul de partido alto, soul samba exaltação e soul samba enredo. Enfim, soul samba-canção. Soul um super anti-herói, Pan-surreal assumido! Que passa a vida contando penas. Um Big Brother Tupiniquim, que enxerga a seca no maior lençol freático do país, e não entende o porquê, do por quê? Um mito senso-atemporal  Laborial. Soul real ou virtual? Artificial?! Sinceramente, não sei. Soul? O que sei é que soul inteiramente  Inteligência Espiritual. E que o mundo jamais foi o mesmo após onze de setembro de 2001. Não faço parte da Guerra Surda do Elo de Egos. Meu estilo de vida panfletário-filosófico, diz adeus à Guerra Santa. Não me compre como escudo. Tão pouco tenha medo de mim, pelo fato histórico de eu ser negro. Não quero afro-imunidade vitalícia. Quero respeito! Soul o Sínido dos Bispos, levando a palavra de Deus aonde quer que esteja. Um homem na alma do profeta, deixando de lado   o lobo em pele de cordeiro. E não soul globalizado. Soul àcido!
Faço meus escambos e parcerias, enxergando a Lida  Como ela é! Haja vista que o meu maior sonho é um dia tornar-me GENOMA! Soul a favor da inclusão ao invés da exclusão! O resto é apenas mau gosto, mau gosto, mau gosto.

Viver numa burocracia negativa, aonde a isonomia é inexistente, o preconceito é maquiado, e a publicidade que se vende, é a do branqueamento artificial, torna-se-á imoral falar de transcendência. De linguistica. De arte. De sociologia. Da incessância acadêmica. De intuspecção. Do prazer de caminhar entre livros. 
Creio prudente preservar a Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Bacon, Maquiavel, Descartes, Hume, Rousseau, Kant, Hegel, Marx, Wittgenstein, Adorno, e tantos outros. A vida não é nada sem filosofia!   Mesmo com tudo isso a olhos vistos, ainda há ouvidos mocos, que preferem comungar com diálogos aporéticos. Enquanto observam com antinomia  A descida do carro de Apolo.

Somos Parangolé, quando há alguém que deseja amar-amor, um outro que sinta amor-amar. E uma vontade incontrolável de sair do corpo-ôco. Sair da alma-carne. Sair do espírito-libido e correr-parar-correr. Parar-correr-parar, de braços abertos para dentro de si. Para fora de mim. Para o tempo de ti. Para o Pôr-de-mim.
Parangolé do corpo, que é Lygia. Do espírito, que é Clark. Da mente, que é Hélio. Da alma-Oiticica  que de plásticas artes me invade!
Nós todos: Você, eu, e os nossos heróis-marginais, somos sobreviventes! Somos sobrenaturais todo o tempo, quando esse alguém que ama-amar; não odeia-odiar. Por isso, esse alguém ao longo da vida, aprende a ler a mente daquele que deseja amar-amor, sem odiar o amor-amar, porque sente amor;  amando. Somos libres y encadenados. Eles, você e eu  Libertados, quando um estende a mão, e o outro a aperta. Parangolé é liberdade de criação. É paz inter-exterior. É não à guerra externa-interior. Parangolé é palavreado desalinhado. Alinhavado! Meus retângulos-tecidos, estampados e tingidos, com as cores da Bandeira Nacional: BRASILEIRA! To be or not Tupy? It's Abapuru in a South American Way! It's Carmen Miranda in my soul! It's American Way of Life! Soul a antropofagia da antropofolia de um CARNAVAL cenográfico, ambientado na República das Bananas. Yes, nós temos bananas! Made in Brazil!

Parangolé é ausência total de preconceitos, sejam eles quais forem. É o antônimo da demência racista-escravocrata! Quero dançar desnudo no meio da rua, vendo meu Parangolé tremular ao sabor do vento. Soul o folclore da arte. Um museu estelar. Um terreno baldio. Um Guggenheim vazio. Soul meus pequenos e enormes atos falhos. Soul tudo e não soul nada. Soul Nada!

No Planeta Mídia, só os analfabetos não gostam de dar autógrafos. E você sabe muito bem, porquê! Reality Show Underground? Quem nunca quis ser famoso, que diga isso aos paparazzi em horário nobre, ao vivo, e em rede internacional! Aprendi que na vida, como no show business, se você tiver um pequeno papel, então é melhor colocar fogo nele. Ou você passará pelos seus quinze milésimos de segundo de FAMA, totalmente em branco. Nada político-partidário. Mas todo político-social! Sendo no show bitter  o que jamais fôstes na vida: Um inventor de palavras. Um criador pan-facetado desfilando na Estação Primeira de Mangueira, e gritando junto com o muchachito Parangolé-Guevara: ¡Viva la revolución! Ôba!

Atenção bateria!
Pedi pra parar; parou!



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