PAPEL DE FOLHAS
Comecei a escrever-te, aprendendo a preencher-te em pergaminhos em branco. Tentando externar minh'alma, aprendi-me simples, descobri-me vivo. Através do amor de uma mulher, tornei-me homem – num papel de folhas.
Amar tão profundamente calado, que falar não é possível. Tanta emoção expandindo-se, não por solidão, mas por amor em excesso.
Jamais pensei em amar tanto – que os pulmões incham, o peito rufa, a pele sua. O sexo grita. E por vezes esqueço que somos corpo. Juntos sempre somos alma. Porque amando-te sou espírito. Amando-me és coração. Despidos – somos quatro paredes. E fazemos tudo que se passa na mente.
É mais fácil amar-te, que compreender-te. Mulher é uma energia que assusta o homem, porque é maior do que ele. É maior do que eu. Portanto, mulher de minh'alma – limito-me a amar-te. E deixo com que a tua essência, invada-me a aura – tocando de vez o meu coração.
Atrás da palavra há outras palavras. Vá você escrevê-las. E se as palavras findarem, procure com criatividade – você irá encontrá-las! E se dessa palavra, encantares o mundo, guardar-te-ei em meus sentimentos – porque os conquistastes.
E não minta para mim, que inspirei seus poemas. Porém escrever-te não pude.
És o melhor de mim. E sabe que por isso – apaixonei-me por ti. Através do seu amor, tornei-me sábio. Liberei o desejo. E descobri o sexo nos olhos. Prazer é inerente a opostos. Amar é ter orgasmos de vida. Gozar é sobrehumano. E você aí parada. Nua e calada. Sedenta e amada. Louca e molhada. Você é tudo! Por isso – Mulher das Estrelas, cante-me velhos poemas, e faça música das palavras.
Você quer sexo?
Então, vai ter sexo!
Este é o nosso milagre. E esta noite, Mulher das Palavras, vamos vibrar até a lua encontrar o sol. Até colarmos nossas almas. Esta noite, Mulher de Fogo, vamos dar abrigo a um novo espírito. Vamos fazer um filho!
Atrás do amor há outros amores. Vá você buscá-los. E se não alcansá-los, procure mais um instante - você irá encontrá-los!
E se desse amor, salivares palavras, verbalizar-te-ei meus segredos – porque os descobristes.
E não olhe para mim, que realizei teus desejos. Porém amar-te não pude.
Você me oferece os lábios, e te dou meu beijo. Passe a língua no meu corpo. Estou sedento de ti! Graças a sua sensualidade, descobri o poder da mulher. O perfume de aves virgens. O aroma do pano de cheiros, banhado em gaze – no seu ciclo menstrual.
Jamais entenderei a magia feminina. Porque sendo homem, compreendo em mim, um ser profundamente limitado.
Me destes o alimento dos teus seios. E provei o leite da mulher amada. Tornamo-nos então, a combinação do Anima Mundi. Bebendo em ti – a sensibilidade que sacia.
Não temo mais o poder da mulher, porque compreendi que em cada uma,
existe uma deusa. Existe amor. E amor também é prece.
Devo tudo que sou – a essas mulheres visionárias. Loiras. Morenas.
Negras. Orientais. Universais!
Pago tudo que sou, a essa mulher – que habita-me a alma. Porque só você, Minha Musa Milenar, ensinou-me a ser Homem.
Atrás da mulher há outras mulheres. Vá você descobri-las. E se o machismo cegá-lo, procure no fundo do seu coração – você irá desvendá-las!
E se dessa mulher, que é uma – e que são muitas – conquistares a alma, afagarte-ei em meus braços – porque os merecestes.
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Wow! Tudo de bom esse conto! Adorei!
ResponderExcluirMuito legal, Betto! Amei o conto, amado! Bjs!
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