JARDIM SECRETO
Sukiyaki:
O poeta é um remanescente: um abrasador. Ilimita o que vê na mente, com ardor o que deveras Ente. Alarde a aura sob o sol poente. Libertário, arrebata a Arte. Na garganta que o universo cria, fazendo arder o sumo interior, do vento que não tardia. Vasto és, enquanto sois. És Baco. És Dioniso. Um semi-deus cornífero, bêbado e adormecido na taça do vinho áureo; de uvas virgens, que espremeste com as patas.
Decifra-me ou te devoro! Pois és um sortilégio! És a enorme boca lascivamente escancarada de um deus. Leva-me a atributos estanques nos braços de Afrodite. Sim! És o poeta! És o mito avassalador. E por fim… és o início. Transbordas de gozo. E és gozo! Saltas como o Centauro e encantas as Bacantes… És delírio! És espírito! E por último… és o primeiro.
O poeta é um homólogo no sublingual dos desejos. E ermo é o prado como os caracóis dos seus bocejos. Tornastes nu e nu me transformaste. Pois sou o poeta brocado em pedras. Sou o inevitável. O Dom que encantou Eros, tornando-o mortal: lançando flechas no seu próprio coração. Bocejando como um anjo que não sabe que é um homem, cujo coração, de uma maneira muito mágica; escolheu o meu para morar. Sangrando… porque descobriu o amor na saudade. Na boca de Eros, tornaste então, Esperanto. Na outra face de Deus, voltaste a ser imortal. Ao ver-se sabedoria, mudaste de forma. No gozo dos poetas, brotaste então, nas folhas de hera: no Jardim Secreto. Hoje brincas nos campos do Senhor.
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Como sempre... O melhor! Lindo, Betto! LINDO!!!
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