PORTRAITS & POLAROIDS AGAIN
Tenho certeza que quando Edwin Land criou o processo fotográfico Polaróide em 1947, não imaginou que seria o inventor da minha vida. Não faço nada sem uma Big Shot nas mãos, Malena. Nothing! Vivo de forma instantânea, imersa, digital, radiativa, direta, improvisada, horkaholic, rápida, abrangente, polaróidica, conceitual, fluídica, publicitária, propícia, veloz, reflexiva, temática. Pioneira! Vídeo-humanizada com o distanciamento necessário da imagem, para conseguir tocar em mim, mesmo não estando por perto. De mim. Vivo cada dia como se este, fosse o sucessor do ontem, e o precursor do amanhã de hoje. Sou Pop Factory em artes plásticas. Vivo em meio às inovações tecnológicas da Pop Art, criando murais urbanos, falando da catarse humana impressa na gênese da cultura de massa, atraindo o ferro como um imã de geladeira, sem perder o esplendor da dúvida. Ou da vírgula. Meus retratos paridos num manto de plástico cinza com profundidade focal de um metro. Box. Flash embutido no coração. Da