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Mostrando postagens de abril, 2010

PORTRAITS & POLAROIDS AGAIN

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Tenho certeza que quando Edwin Land criou o processo fotográfico Polaróide em 1947, não imaginou que seria o inventor da minha vida. Não faço nada sem uma Big Shot nas mãos, Malena. Nothing! Vivo de forma instantânea, imersa, digital, radiativa, direta, improvisada, horkaholic, rápida, abrangente, polaróidica, conceitual, fluídica, publicitária, propícia, veloz, reflexiva, temática. Pioneira! Vídeo-humanizada com o distanciamento necessário da imagem, para conseguir tocar em mim, mesmo não estando por perto. De mim. Vivo cada dia como se este, fosse o sucessor do ontem, e o precursor do amanhã de hoje. Sou Pop Factory em artes plásticas. Vivo em meio às inovações tecnológicas da Pop Art, criando murais urbanos, falando da catarse humana impressa na gênese da cultura de massa, atraindo o ferro como um imã de geladeira, sem perder o esplendor da dúvida. Ou da vírgula. Meus retratos paridos num manto de plástico cinza com profundidade focal de um metro. Box. Flash embutido no coração. Da

EARTH, WIND AND FIRE

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Não se passaram mais de seis mil segundos desde que me deixaste aqui, Pathos: Liberto entre as amarras da liberdade. Não sei ser susceptível com um revólver à cabeça. Portanto é melhor atirar! Caso contrário, alcançar-te-ei à beira do Hades com os caninos à mostra. E lançar-me-ei a ti com iníqua volúpia incoercível. Cuidado, Pathos. Cuidado! Sou inflamável! Embora pareça-me com um dócil escravo doméstico de folhetim amarelado, dando a patinha e abanando a calda toda vez que chutam-me as intercostais – detesto ter que fazer-me de truão por muito tempo. Permití-me ser sufocado, porque via-me pequeno em demasia para lutar contra os meus algozes. Agora que recuperei-me, não vou deixar-te levar-me em retirada e continuar sorrindo, feito mamulengo de insídia. Enquanto calunias-me pelas fechaduras com sua adiposidade suina, observo-te. Enquanto contas tuas esmolas como se intersetivo abastado fosses, pela inérpia és alimentado no útero. Falaste demais, Pathos. E enforcaste a ti mesmo pela

SÉCULO I (ANTES DO TEMPO)

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Das lutas, vassalas do Tempo (todas mulheres negras) correm temendo seu suserano, dizendo: “Se arrependimento matasse, viverias eternamente...” Persuasão levando-as ao início da alma. Como não sabiam contar as horas, no Tempo esqueceram os dias, vivendo as noites intensamente. Sem perceber-se ultrapassado, o Tempo continuou correndo até envelhecer. Descobriu-se preso no futuro. E esqueceu os passos para voltar atrás, trazendo-as consigo e voltando ao passado. Elas que haviam esquecido-se do Tempo, não se preocuparam em viver tanto. E apenas viviam... Sem o Tempo elas não podiam fazer tudo. Mas tudo era tão simples que resolveram tentar. E para isso não precisavam saber contar. Das montanhas, vassalas negras louvam ao seu deus: o Tempo.  Como explicar as vassalas de um Tempo perdido nele mesmo? Então, não explicar e somente tentar entender. Meninas negras correndo soltas sem saberem em que lugar do mundo estão. Meninas negras, laranjas, cor de caramelo, douradas e

FELICIDADE

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“Que Dieu vous bénisse”.  (Betto Barquinn) Dedicado à minha Dinda, Mirian, que hoje vive na Casa de Deus. Uma pessoa feliz sabe que milagres só acontecem na vida daqueles que acreditam em milagres. Vive inspirada pela infinita beleza, porque tem a eternidade aflorada na alma. Quando uma pessoa feliz vai ao encontro de Deus, todos dizem:  “ Lá se vai uma pessoa iluminada! Ela era boa, estelar, gentil, humanizada, partícipe, piedosa …  Feliz ” . Assim é a Felicidade …  Capaz de deixar saudade nos corações mais sensíveis. Capaz de levar para a presença de Deus, todo aquele que completou a sua missão, movido pela esperança de uma vida infinita. Esse espírito errante foi promovido à companhia dos seus pares eternos, para que no colo do Pai, enfim, pudesse descansar. Uma pessoa feliz compreende que o exercício mais leve que há,  é amar sem sentir-se culpado. Por isso ama tanto …  Ama porque renovou-se através da compaixão: expressando-se com a leveza da vida e permiti

JOANINHA

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Joaninha é daquelas mulheres que falam com ar de doce de coco. Desliza como o som da flauta e transborda delicadeza sem desafinar. Anteninhas de barbante. Ventarolas de algodão doce. O seu andar parece eternizar os segundos. E se o tempo não anda; perdão. Mas debruçou-se na janela para ver Joaninha passar. Joaninha só não nasceu anjo, porque queria ser anja. Então descobriu que ser mulher é pertencer ao sexo forte. Por sorte, amamentaria os filhos com o leite dos seus seios. E aos filhos de outras mães ofereceria o peito, para que todos os descendentes da Terra, pudessem exalar o seu cheiro. Jô, Joana, Joaninha …  Passarinha sem asas que aprendeu a voar. Dedilhando Bossa Nova num banquinho e num violão: como quem reaprende a andar, para voltar a caminhar. Joaninha não sei se te amo. Mas sei que te amo. És o verde-limão plantado no meio do vale. E se vale te amar, já não sei. Simplesmente, não sei se te amo, mas sei que te amo. O medo a ti Joaninha; não dominou. Então não foste propried

VÍDEO-CONTO DE BETTO BARQUINN

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(Betto Barquinn é pseudônimo de Carlos Alberto Pereira dos Santos) Segundo vídeo da Obra literária de Betto Barquinn (Carlos Alberto Pereira dos Santos), o conto  —  A VELHA SENHORA  —  fala de puerícia, da descoberta do mundo de fora para dentro, de si mesmo de dentro para fora, da visão do outro em três dimensões (altura, largura e profundidade), do inevitável sentido da vida, do imprescritível, de arrefecimento, de subjugação, do indizível, do insubstituível, de estiolamento, de relembramento, do subjetivo, de neuralgia, de catarse, de memorabilia, de epifania, de diegese, do inconteste, de subserviência, do pascácio e de esmoler, com um naturalismo tão grande, um realismo sem peso, que o minimalismo de sua história é quase constrangedor. Procurando a palavra em todos os assuntos, na gênese de sua Obra, Barquinn  (Carlos Alberto Pereira dos Santos)  relaciona aspectos filosóficos, sociológicos e psicológicos, abordando temas que dialogam sobre os relacionamentos humanos

VÍDEO-CRÔNICA DE BETTO BARQUINN

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(Betto Barquinn é pseudônimo de Carlos Alberto Pereira dos Santos) Primeiro vídeo da Obra literária de Betto Barquinn (escritor, ator e artista multimídia conceitual) que através de seu trabalho irretocável, toca sensivelmente nos problemas da nossa sociedade, abordando neste monólogo temas globais como violência, preconceito, solidariedade, ecologia, democracia, racismo, sexualidade e comportamento, relacionando aspéctos do pensamento filosófico, sociológico e jurídico, aos elementos gerais do Estado Contemporâneo. Com quase dez minutos de duração, BASTA! pode ser considerado um curta-metragem literário, apresentando através desta crônica, elementos conceituais e fazendo uma análise crítica dos diversos estudos da teoria da psicologia cognitiva. BASTA! eclodiu de forma inteligível da ortodoxia, da análise heurística e do exercício linguistico-literário-filosófico e suas aplicações sociais, através da sintaxe da linguagem visual. Visa portanto, dialogar com o es

TRAILER DO LONGAMETRAGEM ESTRELADO POR BETTO BARQUINN

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Trailer do longa metragem infantil "A República das Canetas Perdidas", que mistura animação mecánica de canetas com atores. Direção de Rosario Boyer com Everson Zielack, Alex Teix, Ricardo Gelain, Leo Pinheiro, Cristiane Machado, Marcele Favaron, Cecília Lage, Mayze Campos, Guil Silveira, Helcio Hime, Marco A. Cunha, Luis Andrarreis, Marislova Carvalho, Gabriele Ruffatto, Betto Barquinn , Fernando Silva, Márcia Fraga, Neto Favaron, Gabriel Espósito, Mario Limonta, Leonia Brito, a participação especial do Mágico Richard Goulart e elenco.

MINA D'ALMA DO MEU CANTO

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Conto dedicado à minha avó, Conceição , que ensinou-me a ler, escrever, e acima de tudo, ensinou-me a amar e ser amado. Deus te abençoe, meu amor. Deus te abençoe. Quem você amou, minh'alma querida? Quem amou, minha doce eterna? —  Amei tudo que conheci. E sei que ainda vou amar. Pois há muito que não conheço. Eu fui investigar o sono, descobri o sonho, e tornei-me órfã. Desci pelo labirinto e vi doze carneiros negros pastando ao relento. Beijei a face da Terra e descobri que ela é azul. Estava amamentando a lua e vi pétalas cor de ameixa brotarem no sol. Comemorei os cem anos de uma pedra e a cobri com flores. E uma bela, belíssima: uma bela Era vai surgir. Onde você cresceu, minh'alma querida? Onde cresceu, minha doce eterna? —  Estava amamentando o meu filho, que me sorriu como um relógio. Ele cresceu e cantou o meu nome. As árvores caíram em minha direção e plantei sementes de juventude na vida dos covardes. Pedi que amassem a felicidade e des

ÁGUA ARDENTE

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Sabes aquela pessoa que temos vontade de mimar, beijar, cuidar, abraçar, colocar no colo, sussurrar ao ouvido e amar como se ela fizesse parte de tudo que somos? Pois bem… Gosto tanto de ti, que só em saber que existes, minha vida fica mais iluminada que estrelas no céu. Eu te amo, entendes?! Quero ser o amor que alimenta. O açúcar que adoça sem estragar os dentes. Quero ser o aguardente que esquenta sem embebedar. Quero ser noites de lua. O olhar que te despe sem te deixar nua. A alegria que invade a alma quando estamos juntos. O champanhe gelado que guardas no íntimo de tua geladeira. Quero ser a mão que afaga, o entra e sai em tuas coxas, e o amante fiel dos teus orgasmos. Quero colocar-me entre teus lábios,  Satisfazer os  teus desejos,  Ser o primeiro e o último dos teus beijos. Quero para sempre te amar. CONTACT BETTO BARQUINN: curtacontos@hotmail.com ÁGUA ARDENTE™ © copyright by betto barquinn 2010 TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY BETTO BARQUINN