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TODO MUNDO AMA O ANO NOVO!

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Era véspera de Ano Novo e todo mundo estava na expectativa do que viria após a queima de fogos. O reino de Iemanjá estava em festa. E  os súditos traziam-lhe palmas na palma das mãos. A chegada do Ano Novo sempre representa esperanças em bolhas espumantes. Casa nova. Vida nova. A chegada de um novo amor com cheiro de carro  novo. Um novo ano é cheio de perguntas e poucas respostas. Pois seja o que for que se projete, se dará com o passar do tempo. Só o futuro dirá… Por isso é preciso trabalhar muito, acreditar muito, ter muita fé, amar demais, e deixar o barco correr rumo ao mar do desconhecido  —  repleto de oferendas para Iemanjá. Um novo ano é sempre um recomeço. Deve ser por isso que as pessoas vestem o branco da  paz, o vermelho da paixão, o verde da esperança e o amarelo da fortuna. Cada cor representa um desejo. Cada desejo representa uma cor. Mas sabemos que a felicidade não nasce em garrafa. Na vida nada acontece como um passe de mágica. A mesma fé que nos ensina a

SORRY

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Secret... Ou… Madonna. Ou ainda… Rainbow. Ou, quem sabe… Clap Your Hands! Terezinha acordou vintage de brechó de quinta, vestida com um “chanelzinho” costurado com glitter – comprado na 25 de março. Do alto da sua anorexia nervosa, sentia-se bonita e gorda feito uma porca. Repaginada feito um canteiro de obras, customizada até o quinto dos infernos; chorava. Uma plástica agora seria ouro sobre azul – pensou. Ledo engano... Uma plástica agora seria à morte. Afinal, depois de mexer tanto no rosto, quando olha-se no espelho nem sequer se reconhecia. Horas parecia-se com a Madonna. Em outras, Rita Hayworth. De perfil, Angelina Jolie. De vez em quando, Brad Pitt. Em muitas, Marilyn Monroe. E na maioria das vezes – com a macaca Cheetah. Ficava meia dia se maquiando, tentando encontrar a si mesma debaixo daquilo tudo. Parecia cada vez mais jovem, embora passasse dos cinquenta e oito anos e meio. Todos diziam que apesar da idade, ela estava bem conservada. Ao ouvir tamanho despautério, sentia-

¡DE PUTA MADRE!

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Estava muito bem na minha zona de conforto. A fama havia batido muito cedo   à   minha porta. E todos diziam que mesmo se a boa sorte me abandonasse, eu ainda teria uns trinta ou quarenta anos de sucesso para me recuperar. Confesso que nunca pensei que ainda seria uma celebridade produtiva nesses dias de   “bundalização”   da matéria, do caos intelectual do espírito, do individualismo exacerbado e do descaso com a pessoa humana. Cantar exige um esforço sobre-humano. Sobretudo porque ser um artista pop internacional, exige muito da pobre alma da gente. Não nasci para ser Lady Gaga. Estou mais para   “Blue Suede Shoes”   do Elvis Presley do que para   “Alejandro”,   versão   ginecológica tirada da próstata do Freddie Mercury: 'Gaga, baby! Baby, Gaga!'.   Aff! No mais, já   diria o rei Roberto:   “Todos estão   surdos!”. A vida   é   assim... Se a gente se distrai, deixa de ser uma pessoa. Se a gente esquece que   é   humano, vem o ego e nos sufoca. Por isso  decidi