O filósofo inglês John Locke, dizia que “tolerância é parar de combater o que não se pode mudar”. Locke baseava este pensamento na raiz dos sentidos. O mundo é aquilo que entendemos que ele é. E embora não seja nada disso, pode ser, se assim pensamos. Como se cada um de nós tivesse um mundo próprio. A nossa visão, mesmo que limitada de mundo, seria real no nosso “mundinho particular”. Eu sou aquilo que penso ser. Eu sou aquilo que acredito que sou. Mesmo sabendo que a única coisa constante e permanente no universo é a mudança, o que vemos; quando vemos, é o aqui e agora. Do alto da nossa miopia, quase que tomados por uma catarata que insiste em manter os nossos olhos fechados, enxergamos aquilo que dá para enxergar. Inclusive o verbo tolerar. Tolerar para mim seria engolir o maior sapo do brejo sem molhar a garganta. E depois disso: cuspir fogo pelas ventas. Seria aceitar; mesmo não aceitando. Seria como dizer: “Olha, eu não concordo com isso. Mas se a maioria votou que sim, então eu aceito”. Talvez a atitude mais antipática seja tolerar. Porque para mim amar seria muito mais palatável. Não me importa o quanto o outro é diferente de mim. O desejo de amá-lo é maior do que isso. Vivo dizendo que ser diferente é normal. Acredito nisso. Mas não tolero ninguém. Tolerar para mim seria aceitar o “errado” como “certo”: como se alguém precisasse da minha autorização para viver. Não precisa, não. Que sociedade é essa em que presume-se a culpa, mas não pressupõe-se a inocência? Já ouviram falar em conjeturar?! Todo mundo é livre para amar e ser amado. Não faço favor nenhum em gostar de alguém. Tolerar não é certo, não. Tolerar é errado.
Leia também outro texto meu que fala sobre tolerância:
"Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." (Allan Kardec) Anilza Forever: Anilza Leoni, minha madrinha, é para mim aquela pessoa que possui o sagrado da alma no coração. Viveu mergulhada no oceano do amor de Deus. Viveu de forma tão intensa, mágica, ética e criativa, que certamente ao desencarnar, levou consigo a força de milhões de aplausos; — e brilha, como toda estrela cadente, nas paragens infinitas do universo. Lembro-me de Anilza me ligando para falar do meu aniversário, com uma semana de antecedência, querendo saber onde iríamos comemorar a tão esperada data. Anilza estava ensaiando a sua próxima peça teatral — "Mário Quintana — O Poeta das Coisas Simples", que ela não chegou a estrear. E sabendo o quanto ela era perfeccionista, o fato de me ligar no meio do ensaio, significou muito para mim. Naquele momento, deixou o rigor do profissionalismo de lado. Naquele momento;...
God Save The Humanity! Em meio a tanto marasmo e falta de perspectiva mundiais, chega o tão esperado dia daqueles que certamente serão, o futuro rei e rainha do País de Gales: O casamento do Duque de Cambridge, o príncipe William Arthur Philip Louis, – Guilherme de Gales, – e da plebeia Catherine Elizabeth Middleton, – na Abadia de Westminster. O mundo parou para ver Sua Alteza Real casar-se com uma jovem predestinada a ser a nova princesa do povo. Desde a morte de Lady Diana em 31 de agosto de 1997, não se via tamanha euforia nos arredores do Palácio de Buckinghan: 29 de abril de 2011 – foi o dia que Londres parou mais uma vez. Lembro-me que ainda ontem assistia pela enésima vez o filme “The Queen” (A Rainha), de Stephen Frears, que deu à veterana Helen Mirren, o Oscar de melhor atriz em 2007. Brilhante interpretação, diga-se de passagem. Helen faz tão bem o papel da rainha Elizabeth II, e fica tão pare...
“ Je suis tr è s d é sol é , mon amour. Mas o meu para í so é a Terra ” . (Betto Barquinn) Ele acordou cedo, fez o sinal da cruz, rezou o Pai Nosso e começou a escrever: Ele acordou cedo, fez o sinal da cruz, rezou o Pai Nosso e começou a escrever: A gente fica tentando descobrir, quem além de Nero botou fogo em Roma, ao invés de procurar o que há de errado dentro de nós. O ser humano costuma colocar chifre em cabeça de cavalo. Tentando dar nome aos bois — perdemos tempo. Whatever... Os ataques nucleares causados pelos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, — promovidos pelos norte-americanos contra o Império do Japão, — mostraram ao mundo que ninguém está imude ao poder implacável da mão do homem. O que nãoquer dizer, que a natureza não devolva o troco, — com juros e correção monetária.“Little Boy” caiu sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945. “Fat Man”, a outra bomba nuclea...
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