LA TRAVIATA






A mulher caída entrou pelo espelho e saiu do armário. Tinha um tribal no braço e um dragão fechando as costas. Ofereceu-me uma garrafa de vodka e saiu. Entrei em pânico. Giuseppe Verdi arrastou-me por quase uma década. Primeiro assisti: “Oberto”. Depois “Un Giomo di Regno”. Em seguinda: “Nabucco”, “I Lombardi nella Prima Crociata”, “Emani”, “I Due Foscari”, “Alzira”, “Giovanna d’Arco”, “Attila”, “Macbeth”, “I Masnadieri”, “Jerusalem”, “Il Corsaro”, “La Battaglia di Legnano”, “Luisa Miller”, “Stiffelio”, “Rigoletto”, Il Trovatore”, “I Vespri Siciliani”, “Aroldo”, “Simon Boccanegra”, “Um Ballo in Maschera”, “La Forza del Destino”, “Don Carlo”, “Aida”, “Otello”, “Falstaff”, e agora “La Traviata”.  Fiquei parado no tempo, vendo “A Mulher Caída” passar com uma camélia entre os seios. Mundana, pobre, amargurada, desiludida, mal amada, seca, crua, moribunda: Uma alma tomada pela tuberculose. Fiquei ali: parado no tempo. Ali fiquei: enquanto Violetta dava o seu último suspiro e morria.


      
LA TRAVIATA ™ ©  copyright by betto barquinn 2011
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY BETTO BARQUINN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

GAROTO DE PROGRAMA

ETERNAMENTE ANILZA!

COLOQUE O AMENDOIM NO BURACO DO AMENDOIM