QUEM INVENTOU O AMOR?






A minha estadia em Nova York tem sido realmente proveitosa. Tenho buscado alguma coida dentro de mim, mas não sei direito o quê. Enquanto não a encontro, vou ficando por aqui: procurando do lado de fora o que não acho dentro. Nova York é assim, tão cheia de gente, que nos passa a sensação de estarmos no centro do universo. E eu que vim lá do centro da Terra, me sinto uma estrangeira em qualquer canto. Ainda mais em um lugar como este, repleto de vitrines de marcas famosas, de esplendores e pepitas de ouro, que podem ser vistos a céu aberto. Sou uma mulher que passou a vida de olhos fechados. Aquela que vê sem querer ver. Passei parte da minha vida com medo, e agora que cheguei aos anos 40 da minha existência, me sinto de bem com a vida. Aos poucos, arrisco abrir os olhos e enxergar a mim mesma. Sou alguém que não pude ver, por medo do espelho de mim. Não quis saber o que ele poderia revelar, porque temia a resposta. Agora, não. O fato de me ver e me enxergar, me dá um certo orgulho de ter chegado até aqui. Sou a sobrevivente de mim mesma.  Sem querer, acabei fazendo as escolhas certas. Errei pouco na vida. Talvez meu maior erro tenha sido o medo. Mas este já passou. Descobri-me muito mais forte do que pensava. Sou dura na queda feito uma rocha. Estou mais para ouro do que para calcário. Quando caio, não me esfarelo, não. Descobri que mesmo no chão, vivendo aqueles momentos que todos negam ou escondem, ainda assim, posso brilhar. Nova York ensinou-me isso. E meia dúzia de outras coisas também. É... Nova York é uma sábia! E eu que pensei que vinha para cá só para fazer compras, descobri nesta cidade uma amiga, uma psicóloga e uma irmã. A gente sempre pode aprender com as coisas. A gente sempre pode aprender com a experiência do outro. Porque a gente sempre pode ser feliz sem sofrer. Não sabia disso. Mas agora sei. A vida para mim ficou mais fácil. O que era dor virou resignação. E o que era resignação virou contentamento. Hoje vivo com a dignidade dos santos. Dia após dia, como se fosse o último. Não o último de uma vida. Mas o último que viverei sem mim mesma. Meio filosófico, não é? Mas eu sou assim: Uma mulher vestida de ouro, embora seja feita de espírito, sonho, sentimento, verdade, amor, esperança e chanel nº 5.   



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