WHAT’S MY NAME?
Você chega em casa a uma hora dessas e ainda tem coragem de dizer que estava trabalhando? Que tipo de idiota você acha que eu sou? Passei a noite contando as horas, rapaz. Olhei tanto para o relógio que a bateria descarregou. Não sou uma mulher vingativa, mas você merecia chegar em casa e encontrar outro comigo na cama. Só assim ia saber como é bom fazer os outros de palhaço. Se você queria viver uma vida de solteiro, por quê se casou? Eu nunca lhe pedi nada, menino. Respeito sempre foi tão fundamental na minha vida, que pensei que não precisasse tocar nesse assunto. A sua infidelidade me dá nojo. O que você espera da vida? Será que eu vou ter que bancar a sua mãe? Pois tire o seu cavalinho da chuva: Não tenho nem idade nem vocação para isso. Se quisesse um filho, teria um bebê. Que bom que não fiz uma bobagem dessas contigo. Teria dado para o meu filho um pai pior que o meu. Você não merece um centavo do meu amor, rapaz. Mas deixa isso para lá... Tire essa roupa, tome um banho e durma. Quando acordar, saiba que não estarei mais aqui. Hoje à noite embarco para a Itália. Vou mergulhar de cabeça nos desfiles da Semana de Moda de Milão. Só volto à New York quando a tempestade passar. Aliás, só volto aqui no dia em que nem do meu nome eu possa me lembrar. Um dia você vai esbarrar comigo na 5 th Avenue e irá me perguntar porque a nossa história acabou. E eu responderei: What’s my name?
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