TOLERÂNCIA



O filósofo inglês John Locke, dizia que “tolerância é parar de combater o que não se pode mudar”. Locke baseava este pensamento na raiz dos sentidos. O mundo é aquilo que entendemos que ele é. E embora não seja nada disso, pode ser, se assim pensamos. Como se cada um de nós tivesse um mundo próprio. A nossa visão, mesmo que limitada de mundo, seria real no nosso “mundinho particular”. Eu sou aquilo que penso ser. Eu sou aquilo que acredito que sou. Mesmo sabendo que a única coisa constante e permanente no universo é a mudança, o que vemos; quando vemos, é o aqui e agora. Do alto da nossa miopia, quase que tomados por uma catarata que insiste em manter os nossos olhos fechados, enxergamos aquilo que dá para enxergar. Inclusive o verbo tolerar. Tolerar para mim seria engolir o maior sapo do brejo sem molhar a garganta. E depois disso: cuspir fogo pelas ventas. Seria aceitar; mesmo não aceitando. Seria como dizer: “Olha, eu não concordo com isso. Mas se a maioria votou que sim, então eu aceito”. Talvez a atitude mais antipática seja tolerar. Porque para mim amar seria muito mais palatável. Não me importa o quanto o outro é diferente de mim. O desejo de amá-lo é maior do que isso. Vivo dizendo que ser diferente é normal. Acredito nisso. Mas não tolero ninguém. Tolerar para mim seria aceitar o “errado” como “certo”: como se alguém precisasse da minha autorização para viver. Não precisa, não. Que sociedade é essa em que presume-se a culpa, mas não pressupõe-se a inocência? Já ouviram falar em conjeturar?! Todo mundo é livre para amar e ser amado. Não faço favor nenhum em gostar de alguém. Tolerar não é certo, não. Tolerar é errado.


Leia também outro texto meu que fala sobre tolerância:



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