LIVRO DO DESASSOSSEGO

O amor entrou na minha vida feito garoa fina em dia de inverno. Entrou pela porta dos fundos: sem fazer alarde. Pegou-me de surpresa, no momento em que eu, não acreditava mais nele. Meus dias que eram frios e tristes, tornaram-se calorosos como um raio de sol. Eu quis correr: não pude. Quis gritar: emudeci. Quis calar o coração e me arrependo. Era eu ali, parado, frente ao amor.

Quando o amor chegou, eu era um sujeito triste. Meu coração calejado, queria paz e sossego. Mas era o amor: Tinha que deixá-lo entrar. Mesmo que fosse pela porta dos fundos do meu coração. Era o amor: levando para longe de mim a minha dor.

O amor bateu-me à porta num dia triste. O amor entrou na minha vida sem avisar. O amor entrou pela porta estreita do coração. Há amor; há. O amor há. O amor há de ser o condutor da minha vida de hoje em diante. Porque há amor. Há, sim. Há amor em mim. Sem medo. Sem desassossego. Calorosos dias banhados de sol.

O amor entrou na minha vida feito garoa fina em dia de inverno.

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