THE TRACKS OF MY TEARS
Hoje falei ao telefone com uma amiga que está morrendo. “Dois meses de vida” – ela disse. “É a catarse diante da dor. Não sinto nada. Nem uma dorzinha de cabeça. Mas meu cérebro anda mal. Foi tomado pelo câncer”.
Naquele instante não soube o que dizer. Restou-me então ouvir. Quando desliguei estava mais frio que uma pedra de gelo. Estou a orar desde então: por ela e por mim. Olha eu sendo solidário e egoísta ao mesmo tempo. Não sou bom diante da perda. Perco o foco. Perco o chão. Não encontro o prumo. Estou parado frente a dor do outro, chorando como se fosse a minha. Se ela partir, eu morro. Se ela morrer: parto ao meio.
Delicado e quente. Sensível e ardente. Sinto-me como um lança-chamas.
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