RAIN


Made in Brazil:

Em todos os anos, as chuvas de janeiro, fevereiro e março, deixam desabrigados muitos dos nossos irmãos. Centenas de famílias perdem o pouco que têm: quando não; a própria vida. É muito triste. São obras de contenção de encostas que não foram concluídas, a inércia dos Governos, o mau uso do dinheiro público, assim como moradias edificadas em áreas de erosão permanente; onde lê-se morros, serras, construções à margem de rios; alagadiços. Na teoria um país rico é um país igual para todos. Mas na prática muito há que se deixa a desejar. Nessas horas, o importante é dar-mo-nos as mãos, e quase como um ofício de formiguinhas, ajudarmos a erguer a vida destes filhos de Deus; nossos irmãos, que precisam tanto do nosso amor.

Todo mundo passa por altos e baixos na vida. Pessoas morrem, pessoas perdem, pessoas têm que tirar forças dos escombros de si mesmas para continuar vivendo. Isso faz parte do nosso árduo aprendizado na Terra. Como bem sabemos, nada aqui nos é facilitado. Viver na matéria é uma luta diária. Luta por sobrevivência, luta por amor, luta por estudo, luta por trabalho, luta por liberdade, luta por justiça, luta por respeito, luta por igualdade, luta contra o preconceito: luta para entender como a alma da gente funciona. Viver é uma caminhada que iniciou-se lá atrás, no instante da criação do universo, e não tem hora para acabar. O sofrimento, que é comum a todos nós, deve ser encarado como um processo evolutivo do espírito humano. Somam-se a isso as alegrias, os desejos, os sonhos, as vitórias, as conquistas, a nossa capacidade de amar, de perdoar, de ajudar; a esperança e tudo que nos coloca de pé e nos faz sair da cama todos os dias. Não somos simplesmente aquilo que morre, estraga e apodrece; como se já nascêssemos com prazo de validade vencido. Porque além de matéria orgânica, somos espíritos imortais que foram criados por uma Força Maior; incompreensível até então, mas que existe; quer acreditemos ou não.


Em um momento onde as chuvas chegam e levam embora a vida de tantos, é primordial que a solidariedade assuma o seu posto em nossas vidas. Não é favor nenhum ajudar alguém. Caridade é exercício diário. Quem mais ajuda é aquele que vê no outro o espelho de si mesmo. Portanto, hoje é um excelente dia para arrumarmos gavetas, tirarmos de casa tudo que não nos é necessário (ou melhor; tudo que nos é supérfluo), e como cidadãos conscientes do nosso papel na sociedade, estendermos a mão a quem precisa. É uma roupa que não vestimos, utensílios domésticos que estão guardados para ninguém usar, um colchonete ou seja lá o que for, que será mais útil para o outro do que para nós mesmos: além de água mineral, alimentos não perecíveis, material de limpeza e higiene pessoal. Pois amor não ocupa espaço. Além do mais, mesmo que não tenhamos bens materiais a serem doados, temos a força do nosso braço, o calor do nosso abraço, a nossa inteligência, o nosso sorriso, a palavra amiga, o aconchego do colo, o apoio dos ombros e o afago do beijo.


Quanto a você, eu não sei. Mas eu funciono melhor com carinho. E é o meu carinho, e a minha solidariedade, que vou levar aos desabrigados das chuvas. Com muito carinho… pois foi assim que Deus nos fez.  


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