BEST FRIENDS, RIGHT?






Eu me lembro do nosso primeiro tombo de bicicleta. As nossas mães em pânico, e nós ali contentes, porque usaríamos o mesmo Band-Aid. Lembro-me de nós duas vestidas de vermelho, sentadas na sala de estar, esperando Papai Noel. Lembro-me de ficarmos até altas horas contando estrelas, desenhando nas nuvens, imaginando o que tinha para lá do horizonte. Lembro-me que passávamos as férias na casa da minha avó, os finais de semana na casa do seu pai, e o resto do ano pulando de galho em galho. Lembro-me que o meu primeiro namorado também foi o seu primeiro namorado. E como nos vingamos daquele pérfido, terminando com ele ao mesmo tempo. Lembro-me que chorávamos quando nos imaginávamos bem velhinhas: uma cuidando da outra. Lembro-me da nossa amizade, de lhe amar desde sempre, de você me adorar de verdade, de não ter existido um minuto na vida, que não estivéssemos uma no coração da outra. Lembro-me que você é a melhor coisa que já me aconteceu. Disso não me esqueço. Por isso, embora eu tenha me tornado uma “velha chata”, e você, uma “anciã rabujenta”, embora tenhamos marido, filhos e netos, embora a idade tenha nos moldado ao seu bel-prazer, embora façamos um esforço danado para não apartar da memória os momentos felizes, e ainda, embora o Alzheimer nos faça esquecer de tudo o tempo todo, sempre me lembrarei de você: my best friend forever.



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