O PODER DO CÉREBRO DE MILLÔR FERNANDES





Hoje lá no céu chegou Millôr com todos os seus personagens. Desde o primeiro desenho, vendido aos dez anos de idade para “O Jornal do Rio de Janeiro”, este carioca do Méier, nascido Milton Viola Fernandes, trilhou uma carreira generosa. Partindo para a revista ilustrada “O Cruzeiro”, depois vencendo o concurso literário de “A Cigarra” como contista, trabalhou lá como diretor da publicação, escrevendo na seção “Poste Escrito”. Sendo “Millôr”, “Notlim”, “Vão Gogo”, de pseudônimo em pseudônimo, o nosso Milton Viola Fernandes, entrou para a história. Por dezoito anos escreveu a coluna “Pif-Paf” para “O Cruzeiro”. O nosso desenhista, escritor, tradutor e autor de Teatro, participou em 1956 da Exposição Internacional do Museu de Caricatura de Buenos Aires. Vencedor do primeiro lugar junto com o artista plástico Saul Steinberg. No ano seguinte, expôs individualmente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Teve a sua Obra publicada no  “Diário Popular”, jornal português, classificou-se em segundo lugar no “Salão Canadense de Humor”. Começou em 1968 a sua trajetória na revista “Veja”. Fundou em 1969 com um grupo de amigos, entre eles o cartunista Jaguar, os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral, Ziraldo, Prósperi, Claudius e Fortuna, o semanário “O Pasquim”. E lá estavam também Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam, Sérgio Augusto, Ruy Castro, Fausto Wolf, Antônio Callado, Odete Lara, Chico Buarque, Gláuber Rocha e Rubem Fonseca. Entre a tradução de clássicos de Molière, Shakespeare, Tennessee Williams, Sófocles e Brecht, Millôr Fernandes produziu sua Obra em vinte e nove publicações em prosa, três publicações em poesia, uma publicação em artes visuais, nove em Teatro, desenho e espetáculos musicais. Além de “Diálogo da mais perfeita compreensão conjugal”, “Pif, tac, zig, pong”, “A viúva imortal”, “A eterna luta entre o homem e a mulher” e “Kaos”: Obras de Teatro não editadas em livro.  

Millôr Fernandes nasceu no dia 16 de agosto de 1923, e morreu aos oitenta e oito anos em 27 de março de 2012, levando para o céu o âmago da sua poesia. O cartunista, humorista, jornalista, escritor, desenhista, dramaturgo e tradutor, partiu, mas deixou-nos o seu legado. “Morre o homem e fica o nome” – diria a poeta.

Vá com Deus, caríssimo Millôr. Obrigado por deixar-nos toda a sua poesia.

Deus abençoe.

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