SAY YOU LOVE ME

Seria a vida um desses filmes de terror, com um final tão dramático, que quase ninguém entende? Ou será que somos nós, o tal filme de terror, e é a vida que não nos entende? Eu fico aqui parado frente ao mar, pensando coisas assim. Coisas que falam de você e de mim. Coisas que calam diante de nós. Do alto da minha experiência de vida, percebo que vivi muito. Mas chego à conclusão que amadureci pouco. Vivi poucas horas em que de fato fui solidário. Tão poucos foram os momentos que estendi a mão para quem precisa. Talvez tenha me perdido no labirinto do orgulho e da vaidade, e por descuido ou desvio de caráter, tenha me dedicado mais do que deveria às aparências. Acho que dei mais atenção àquele que tinha sangue azul, do que o Outro, que por mim morreu na cruz, e disse coisas do tipo: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos Céus”.   

Por isso eu juro, que de hoje em diante, vou dar atenção àqueles que por mim passarem na rua, e pouco me importante, se são pobres ou ricos. Estou a serviço da caridade: que seja feita à vontade de Deus. Desejo viver a humildade que iguala os homens. O apostolado do Cristo. Quero ser feliz nas coisas pequenas. Quero me completar com o que é simples. Peço ao Criador que cure as deformidades do meu espírito e faça de mim um instrumento de vossa paz. Uma pessoa que se acha superior frente aos homens é vista por Deus como a menor das criaturas. Todos são iguais, meu Pai. Hoje sou capaz de ver isso. Logo eu, um simples pecador, enxerguei a luz na escuridão. Por isso eu juro, que de hoje em diante, trocarei flores por diamantes. E diamantes por flores.

         

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