EU AMO A HEBE

Ontem, Hebe Camargo ligou-me, convidando-me para ir ao seu programa. Chegando lá, deu-me um ‘selinho’, e disse-me que eu era uma ‘gracinha’. Eu amo a Hebe! Ela tem uma alegria de viver, que Deus lhe pague: fruto de sua personalidade arrebatadora. Na mitologia grega, Hebe é a deusa da juventude, filha legítima de Zeus e Hera. Dona de uma beleza ímpar, a Hebe dos gregos, tem muito a ver com a nossa: ambas são adoráveis! A Hebe grega é filha do rei dos deuses, aquele que é o soberano do Monte Olimpo, e deus do céu e do trovão. Sua mãe é a deusa do casamento. Irmã e esposa de Zeus, Hera rege a fidelidade conjugal. Ou seja, a Hebe grega é filha do rei dos deuses e a Hebe brasileira é filha do Deus dos deuses: Adorável! Mas falemos da nossa:

Hebe Camargo nasceu em Taubaté em 28 de março de 1929. Saída de uma família humilde, formou com a irmã, Stella Camargo Reis, a dupla caipira “Rosalinda e Florisbela”. E desde então, nunca mais parou. Da música para o rádio foi um pulo, indo tornar-se posteriormente na TV: A maior apresentadora de todos os tempos. Ela é única. Ninguém é insubstituível, mas a Hebe é. Não haverá outra Hebe Camargo nem hoje nem daqui a mil anos. Hebe será sempre Hebe: de outrora ao infinito sem solução de continuidade. Por isso quando a televisão foi inaugurada no Brasil em 1950, lá estava ela: linda de viver. Quando a Tupi vislumbrou os primeiros raios de sol: Hebe já era uma estrela. Do “Rancho Alegre” ao “Programa da Hebe” dos tempos atuais, passaram-se muitos anos. Mas ela continua uma gracinha! Hebe é uma mulher cravejada de brilhantes. Como uma rainha dos tempos modernos: que trabalha, cuida da casa, do filho, da família e dos amigos, ainda sobra-lhe tempo para ser a “mãezona do Brasil”. O seu programa é um encanto, porque vem adornado com a força da mulher brasileira. Um programa família, onde a avó senta-se ao lado do neto, para fazer-lhe um carinho. É claro que a história é mais extensa. Falar da Hebe daria panos para manga. Porque essa mulher cravejada de diamantes é a pessoa mais simples que conheço. Embora jamais desça do salto; se preciso for, ela desce e ainda anda descalça. O encanto da Hebe não são as jóias, o cabelo deslumbrante ou as roupas de grife: o encanto da Hebe é ser ela mesma. Alguns a chamam de ‘Oprah Winfrey brasileira’. Uma heresia! A Hebe veio primeiro. O máximo que poderia admitir é chamar a outra (a gringa) de ‘Hebe Camargo americana’. As duas são ótimas, mas a Hebe é impagável: Definitivamente, Hebe Camargo não tem preço.

Sentado no seu sofá, a única coisa que consegui pensar foi: "Ave Maria, como é linda!". Passei a noite com a Hebe, vejam só! Ela, o auditório, os câmeras, a equipe do programa, o Brasil inteiro, uma infinidade de pessoas mundo à fora e eu, diga-se de passagem. A Hebe é de todos. E é isso que é bom: saber que existe alguém que podemos dividir em partes iguais. Um pedacinho da Hebe para mim. Um pedacinho da Hebe para você. Todos ficam felizes e ninguém fica triste. Sim, a felicidade existe. E responde pelo nome de Hebe Camargo.

Essa foi a noite em que descobri a felicidade sentada ao meu lado; no sofá da Hebe.

Hebe Camargo: "Como é grande o meu amor por você".

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