O MIO BABBINO CARO
“Gianni Schichi”, de Puccini:
Quando escrevo não sou homem nem mulher — disse o escritor.Nem preto, branco ou amarelo. Quando escrevo, nem azul eu sou. Quando escrevo represento a diversidade sexual, racial, social, intelectual, e por aí vai. Quando escrevo sou todas as coisas e não sou nada. E é aí que me encontro. O personagem não precisa de mim, mas eu preciso dele. Preciso ouvir o que ele diz. Preciso entender o que ele fala. Aí me posiciono no mundo. Aí sei se sou raso ou profundo. No resto do tempo, naquele que me sobra quando não estou escrevendo, sou um pouco de cada coisa. O ser humano é um poço sem fundo. Não sou dado a vestir-me com esteriótipos. Às vezes acordo barquinho de papel, e passo o dia, barquinho de papel. Em outros, sou Torre Eiffel. Então, sinto-me torre treliça de ferro do século XIX. Ou Paris. Ou Champs de Mars. Hoje acordei Woody Allen em “Para Roma com Amor”. Mas poderia ter sido a “Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Amanhã, de certo, amanheço “Rigoletto”, de Giuseppe Verdi.
CONTACT BETTO BARQUINN:
O MIO BABBINO CARO™ © copyrightby betto barquinn 2012
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY BETTO BARQUINN
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY BETTO BARQUINN
Comentários
Postar um comentário