A WHOLE NEW WORLD
Ela crescera esperando o Príncipe Encantado. Sonhava com um belo jovem de olhos azuis montado num cavalo branco. Sonhava, mas o tempo passou, e nada. Um dia, beirando os quarenta anos, decidiu casar com o primeiro borra-botas que encontrasse. Pouco importava se era macróbio, sapo, cachorro, safado, sem-vergonha. Podia ser até o genérico do Shrek. Desde que quisesse levá-la ao altar, tudo bem. Como a esperança é a última que morre, quase sem querer, encontrou o que mais queria: um homem. Ele era baixinho, gordinho, careca, vetusto. Às vezes usava peruca. Estava desempregado a dois anos. Gostava de beber, fumar e jogar nos cavalinhos. Gastava tudo que tinha na farra. Não ajudava em nada. Quando trazia alguma coisa para casa: era só problema. Não comprava um pão. Ela trabalhada de sol a sol para sustentar aquele vagabundo. E a coitada ainda apanhava. Mas amava… Fazer o quê? “Ruim com ele. Pior sem ele” — pensava. Um dia levou uma surra de cinta tão bem dada, que chegou a ficar com a marca da fivela no lombo. Aquilo ali não tinha nada a ver com Conto de Fada. Muito pelo contrário: era o inferno na Terra. Mas ela amava, coitada. Fazer o quê? Desiludida, começou a beber, e da pinga para cachaça foi um pulo. Resultado: virou um "fiapinho" de gente.
Ela casou com um pudim de cachaça e acabou mais bêbada que um gambá.
Ele era virado no cão.
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