L’AMOUR EST UN OISEAU REBELLE
Sonho meu:
Ontem Maria Callas passou aqui em casa com uma garrafa de cachaça debaixo do braço. Era uma pinga barata, daquelas que se encontra em qualquer boteco. Ela pediu um copo: eu dei. Mandou que me atirasse da janela: neguei. Perguntou se eu tinha um alambique em casa: disse que não. Esfomeada, manducou um churrasquinho grego com arroz e feijão, encheu o prato com farofa, chupou laranja-da-terra, comeu banana d’água com doce de leite, rabada com agrião, doce de abóbora com jiló, misturou geleia de mocotó com compota de jaca, cozinhou um ovo rosa, esquentou um pouco de picadinho com quiabo, ligou a moenda e me fez uma garapa, cantou pagode com voz de taquara rachada, assoviou um trecho de “Carmen”, de Bizet; palitou os dentes com o garfo, limpou a boca na toalha da mesa, assuou o nariz no pano de prato, arrotou; e dizendo-se empanzinada, tomou um antiácido e capotou no sofá. Depois não sei o que aconteceu. Eu acordei.
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