MÁSCARA NEGRA
Deixei cair confete e serpentine. Deixei a fantasia em algum lugar. Deixei a máscara secando ao sol. Deixei o carnaval chegar, para na Quarta-feira de Cinzas, ver o seu bloco passar.
Descobri o amor num frasco de tinta. Vi a celeuma ir embora de braços dados com o Pierrot. A Colombina ficou ali, vazia, vazia. O Arlequim não teve mais alegria. Como uma rosa, desabrochou e partiu. Como uma rosa: partiu ao meio.
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