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Eu deixei o amargo que há em mim, tomar conta de mim. Deixei o cheiro das flores ir embora. O açúcar secou como poços de petróleo. Eu que era água: virei óleo. Eu que era luz: escureci. Passei a vida lamentando. Passei a morte resmungando. Prendi-me à detalhes tão pequenos, a frascos tão cheios de venenos, ao azedo do mundo. Deixei o que era bom em mim para depois. E agora que o tempo passou, eu lamento ver a vida ir embora, para não mais voltar.



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