WILDCAT


Orixá:

Quanto mais eu dou a volta ao mundo, mais voltas o mundo dá. Como a roda para a humanidade. Como a ciranda para o cirandeiro. Como o vento para o catavento. Como o oxigênio para o ar. Nos arredores de mim há um lago. Em minhas cercanias, o mar. Há um deserto em meu entorno. Um rio de águas calmas também há. Quanto mais eu rodo, mais a roda, roda. Quanto mais eu giro, mais o mundo põe-se a girar. Rodopiante como a dança divina dos dervixes na Turquia. Gira, gira, feito Pombajira. Feito a Terra girando em torno do Sol: translação. Feito a Lua girando em torno da Terra: revolução. Feito uma e outra girando em torno do próprio eixo: rotação. Ou do homem girando em torno de si mesmo: autoconhecimento. Feito pião e erê: a descoberta do mundo. Feito você e eu e eu e você: amor. Feito bambolê à bambolear: o balançar dos quadris. Eu sou o olho do olho do furacão. Sou o não e o sim. Sou o sim e o não. Sou samba-canção. O ser e o não-ser: “eis a questão”. Sou o verbo amar. E já que o amor é o que há, e toda rima quer rimar, poesia perfeita é aquela que me deixa sem ar; como a vida, minha coirmã: Eparrei, Iansã!       

  
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