A XEPA


Dans les bras de la charité:

Uma senhora soube que uma jovem em uma cidade distante estava precisando de ajuda. Havia perdido tudo que possuía em uma enchente, e de quebra, ficara sem o marido e os filhos, que foram levados pela água. Ciente disso, não pensou duas vezes. Vendeu tudo que tinha e partiu ao encontro da jovem, que ontem tinha tudo, e hoje não tem nada. Ao chegar na cidade, perguntou a um e a outro, e sem muito esforço encontrou a jovem dormindo em um abrigo. Ao aproximar-se dela, identificou-se, oferecendo todo o apoio. Depois de tanto sofrimento, fora a primeira vez que a jovem sorriu de felicidade. Das outras vezes, quando o fizera, fora só por educação. Abraçadas, ficaram grudadas uma a outra, pelo tempo que dura uma vida. Passaram a morar juntas: como mãe e filha. Passaram a ser família. Porque congéneres são todos os que Deus coloca em nosso caminho. E parente é aquele que está do nosso lado. Mesmo que não esteja perto geograficamente, levamo-lo ao alcance do coração. Sendo assim, seguiram vivendo. A primeira estendendo a mão e a outra agarrando-a com força. Mesmo diante de tanta dor, a jovem recuperou-se, certa de que onde o marido e os rebentos estivessem, havia quem cuidasse deles. Afinal Deus não abandona a nenhum de seus filhos.

Esta história é um convite ao amor. A senhora que largou tudo, e partiu apressadamente com o objetivo de ajudar, representa a presença divina. Aquela, que nos nossos melhores ou piores momentos, nunca nos falta. Para vê-la, basta ter um pouco de esperança. Para reconhecê-la, precisamos ter fé. A jovem socorrida representa alguém, que mesmo em seu pior momento, não perdeu a crença na vida. Mais um exemplo de esperança e fé. Pois o que nos move está dentro de nós. Nós é que vamos dizer se somos bons ou ruins. Capazes ou incapazes. Vencedores ou perdedores. Felizes ou infelizes. A ajuda sempre vem de onde menos esperamos. Eu sei muito bem o que é isso, pois sempre dependi da bondade de estranhos.

Todo problema é superado quando existe amor.

 

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