ENQUANTO A GENTE NAMORA
I love T.S. Eliot:
Ela era uma Cinderela sem carruagem, sem fada-madrinha, sem desejos realizados, sem príncipe encantado, sem múltiplos orgasmos, sem nada. Quando deu meia-noite, a pobre coitada ao invés de princesa, virou abóbora. O amor é assim… deixa-nos com cãibra em lugares impublicáveis. Logo ela, que falava dez línguas, não sabia dizer ‘não’ em nenhuma delas. Mas por um golpe de sorte, foi salva pelo gongo: aos 45 minutos do segundo tempo. Um sapatinho de cristal uniu o impossível ao improvável: e foram felizes para sempre. Por isso, descalça dos pés à cabeça, Cinderela chegou à conclusão de que todo Conto de Fadas tem um fundo de verdade. Era o derivativo de uma vida moldada a socos e pontapés. Entretanto, o príncipe, que mais parecia um extraterrestre; veio para nos estudar, descobrir nossas fraquezas e reportar tudo para seu chefe alienígena. Era o amor, e suas inúmeras possibilidades, numa apresentação em PowerPoint, intitulada: “One man show”.
Shakespeare inventou o ser humano, no tocante à psicologia moderna. E Freud, inventou o nada.
Eu digo isso com amor.
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