ÁGUA
Ontem me contaram a história de um velhinho que foi à uma Casa Espírita para uma prece. A prece é uma comunicação mediúnica, onde o encarnado entra em contato com o desencarnado, por intermédio de um médium vidente. O encarnado somos nós, que vestimos um corpo de carne e osso, e o desencarnado, é todo aquele que despiu-se desse corpo. Ou seja: está morto. Morto no sentido filosófico, posto que a alma sobrevive ao corpo. Aquele que parte está vivo, no sentido espiritual, visto que é eterno no infinito do Ser. Posto isto, espero ter sido claro em minha colocação. Sigamos.
O velhinho chegou à Casa Espírita com uma rosa em botão, e perguntou à moça da recepção, se podia entrar na câmara de prece com a rosa. A moça não entendendo o porquê daquela rosa, respondeu-lhe com outra pergunta: “O senhor deseja entregar esta rosa para quem?”. Ele respondeu: “Para minha esposa”. A moça indagou: “A sua esposa trabalha aqui? É médium?”. Ele disse: “Não, senhorita. Trago esta rosa para minha esposa, porque ela morreu a dez anos, sete meses, onze dias, oito horas e cinco minutos atrás, e faz tempo que não nos vemos. Vim aqui hoje encontrar-me com ela. Posso entrar com a rosa?”. A moça da recepção, com os olhos rasos d’água, respondeu-lhe: “Sim, senhor. Pode, sim”.
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