ESTRANHO NATURAL
O meu amor é facilmente deglutível. Parto da premissa de que amar da fome. Aí o outro pára e come. Não tem nada de sofisticado nisso. É necessidade do corpo. Necessidade lógica e fisiológica. Como, logo existo.
Viver é nascer com o pé na cova. É transcender a morte. É o amor absoluto. É o espírito santo. É alma que não se acaba. O alimento de minh’alma chama-se Deus. É Ele que me sustenta e me fomenta. Eu me abasteço de Deus quando respiro. Às vezes Deus é um cochilo. Às vezes Deus é um celeiro. Às vezes: um pedaço de pão.
Começamos falando de amor, não é mesmo? Falávamos do quanto o amor é deglutível. Pois bem, alma de minh’alma: o amor é o amor. Calma.
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