CORRIDA DE JANGADA




Ela pulava amarelinha toda vez que jogava no bicho. Dizia que isso trazia-lhe sorte. Ela era ruim no jogo. Mas era pior no amor. Nunca ganhou nada. Nem um papel de bala. Nem um chiclete. Nem um beijo na boca. Era virgem de tudo. Já que não tinha nada a perder, jogou de novo. Desta vez ganhou uma bolada. Acabou casando com o dono da banca. Ao invés de amarelinha, agora pula a cerca. Ela que não era de dar azo ao azar, acertou no milhar, e despudorou-se.






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