VACA PROFANA
Ela era filha do seu João do chocolate e da dona Maria do algodão doce. Mas era amarga que só. Quando abria a boca: soltava até marimbondo. Era ferroada para lá. Ferroada para cá. Tinha o cabelo trançado qual Maria mijona. Andava com as pernas arcadas e usava umas botas para as pernas consertar. Toda vez que corria: caia. Parecia uma manga despencando ao chão. Eu tinha pena dela. Todo mundo ria quando ela caia. No fundo era boa, aquela coitada. Mas desistiu de viver. E como a vida não perdoa os desertores, acabou seca como o quê.
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