DANCING DAYS




Ela estava entediada. O marido tinha viajado. Os filhos estavam na casa da sogra. A empregada: de folga. Era o vazio e a solidão. Aquele seria um fim de semana atípico. Não ficara só um segundo sequer desde que casara. Ainda era noite de sexta-feira, e ela imaginou que se ficasse em casa, não chegaria viva ao sábado. Decidida, colocou um vestido vermelho, maquiou-se como se fosse dia de festa, pegou a chave do carro e saiu. Até hoje não sabe direito o que aconteceu. Só se lembra que entrou num bar e bebeu tudo que tinha vodka. Acordou nua num motel de beira de estrada, ao lado de dois travestis, oito bartenders, um leão-de-chácara, um concierge, cinco garotos de programa, um sósia do Elvis, um pôster autografado do Michael Jackson, dois go-go boys, um stripper, quatro hermafroditas, dois anões xipófagos, uma girafa de pelúcia, uma mulher barbada, uma boneca inflável, dez cheerleaders, um mascote de torcida, e o time de futebol americano de Stansford: titular e reserva.    



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