QUANDO AS CRIANÇAS SAÍREM DE FÉRIAS





Ele gostava dela e ela gostava dele. Viviam como dois amantes, fazendo do casamento um namoro e do namoro um casamento. Eram fiéis um ao outro. Eram fiéis a si mesmos. Eram dois apaixonados. Fizeram juras de amor que durariam uma eternidade. Prometeram amizade. Prometeram cordialidade. Prometeram respeito. Ele era o tipo de homem que abria a porta do carro para ela. Ela era o tipo de mulher que passava a vida debruçada: hora no tanque, hora no fogão. Era comidinha quentinha na boquinha: com direito a aviãozinho e tudo. Era roupinha perfumada no armário. Era massagem com óleos aromatizantes nos pés. Se um sorria, o outro sorria. Se um chorava, o outro chorava. Pareciam nascidos um para o outro. Era coisa de destino. Um dia ele arrumou outra mulher e foi viver no Japão. Ela, desiludida da vida, cometeu haraquiri.   



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