COMO SI FUERA CIERTO



Just like heaven...

Dos tempos que vivi em Nova York fiz amizade com um gato. Toda vez que saía para trabalhar, lá estava ele, lambendo as patas. Ele me olhava com aqueles olhos de fome, enquanto eu debruçava na janela de mim mesmo, fazendo que não o via. Aquele vira-lata seguia-me por toda parte. Um gato de rua, sem pedigrée; mais um órfão do mundo disposto a ser adotado. Foram semanas até nos aproximarmos. Um dia, em pleno inverno novaiorquino, passava eu por ele, e vendo-o coberto de neve, resolvi aquecê-lo. Em dois minutos já estávamos no meu apartamento.  Depois de providenciar água e ração, liguei para um veterinário amigo meu, e pedi que viesse nos salvar. Após examiná-lo bastante, o diagnóstico não podia ter sido melhor: era um felino de aproximadamente dois anos e meio, com a saúde perfeita. Acabei dando àquele monte de pelos o nome de Tommy. O que no início era uma adoção temporário, tornou-se definitivo em nossas vidas. Aquilo era sem sombra de dúvida uma declaração de amor. Por isso ele foi ficando. Quando percebemos, já estávamos juntos a mais de seis meses.

Há coisas que acontecem na vida da gente para nos salvar. É como se Deus nos desse uma segunda chance a cada instante. Como se dissesse: “Vá lá e viva o que tiver que viver. Não tenha medo de se arriscar. Porque se alguma coisa der errado, você saberá que fez o que é certo. Então, a felicidade habitará a sua casa, a sua alma será a sua vida; fazendo de você, que é uma sementinha de Mim, a árvore mais frondosa que o mundo é capaz de suportar: tamanha a beleza de seus frutos”. 

Por isso acredito que Tommy é esta porção do Criador que entrou na minha vida. Ambos, criaturas do Pai Eterno; que nos encontramos meio sem querer, estávamos predestinados um para o outro. Amar tem inúmeras possibilidades. E quando percebemos que tudo é amor, já que Deus é amor, passamos a ver a vida com olhos de Deus. Quando Tommy entrou na minha vida, embora eu não soubesse, já fazia parte da vida dele. Talvez até tenhamos nascido exclusivamente para esse encontro. Quem sabe até toda a programação espiritual que nos pôs nesse mundo, se deu unicamente para que nos encontrássemos na Terra. Ninguém sabe o que se passa na cabeça de Deus. Mas todos nós podemos imaginar o que tem em Seu coração. E se de lá saiu todo o amor que criou este e todos os outros mundos, há de se acreditar que de lá só sai coisa boa. 

Tommy é meu pedacinho de Deus. É aquele que mostrou-me a capacidade infinita de amar. Meu gato, meu amigo, meu irmãozinho de luz. Eu amo o Tommy. Tommy me ama. E juntos, se assim Deus nos permitir, seguiremos pela longa estrada da vida; para lá do céu, e depois e depois, porque sabemos que a vida não começa nem termina aqui. 

Eu sei muito pouco sobre a vida. Mas de uma coisa tenho certeza: Deus se manifesta na menor das possibilidades, para nos mostrar que o macro está dentro de nós.

Depois de Tommy, Nova York e eu nunca mais fomos os mesmos.  




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