VERMELHO
Ela tinha tanto medo de barata, que congelava, toda vez que via uma. Dizia que era aversão ao inseto. E embora fosse capaz de pegar o touro à unha, uma ínfima barata a fazia desmaiar. Um dia foi sequestrada. Colocaram-na numa casa abandonada no alto de uma colina. Ali havia barata para dar e vender. Ela ficou doida com aquilo. Se deixasse um pouco de comida: as baratas comiam o resto. Se dormisse de boca aberta: as baratas entravam. Ficou cinco dias naquele cativeiro. Uma noite acordou assustada: era um ‘barateiro’ sem fim. Naquele instante não pensou duas vezes. Aproveitou que estava desamarrada, saiu sobrepujando a velocidade do som; e dizem as más línguas, que correu tão rápido, que ultrapassou a velocidade da luz. Não era medo dos bandidos: era medo de barata.
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