CUANDO PIENSES EN MÍ
Estou escrevendo uma carta de despedida. Mas não sei como se faz uma carta de despedida. Só sei que estou me despedindo de alguma coisa. Alguma coisa que talvez tivesse sido. Alguma coisa que talvez pudesse ser. Se fui, eu não sei. Tem muita coisa na vida da gente que fica sem explicação. Coisa que passa e fica dentro da gente. Coisa que nem sequer arranca a tinta do nosso cabelo. Coisa que nem sabemos que vivemos. Mas vivemos. É assim que me sinto: com uma carta de despedida na mão, sem endereço certo. Eu sou o destinatário e o remetente. Sou o conduzido e o condutor. Talvez volte para o Equador e compre um rancho. Talvez assista novamente “Qué Tan Lejos”. Talvez mude meu nome para Tristeza. Talvez me case com Teresa. Talvez faça amor com Esperanza. Talvez chegue à Cuenca de carona, à cavalo ou à pé.
A carta está aqui. O passaporte para o além também. Além de mim: a vida eterna. Além de mim: o infinito. Além de mim: a liberdade. Além de mim: o amor.
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Delícia de texto, Betto. Você é um gênio, cara! Vida Longa ao Rei! Abraços!
ResponderExcluirSeu texto é de vanguarda, Betto. Muito estiloso mesmo. Seu blog é 10!
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