SÍTIO DO PICAPAU-AMARELO



Learning to live one day at a time:

Ele tivera uma experiência muito ruim com a morte. Foi quando seu cachorro faleceu vítima de um câncer. Ele era o cão dele. E era ao mesmo tempo: o humano do cão. Apesar de todo sofrimento, medo da morte não tinha. Tinha receio da dor. Padecer aos poucos, sem esperança, aguardando a cessação chegar: é desconcertante. Ainda mais tendo consciência de que nada mais pode ser feito, senão rezar, entregar a alma a Deus, e esperar. Ele sabia que quem é bom vai para um bom lugar. Entendia isso profundamente. Acreditava na vida eterna, pois sabia que o espírito é infinito. Mas o óbito daquele cão deixara-o inconformado. Não com o estiolamento do corpo ou com a finitude da matéria. Mas consigo mesmo. E a sensação nem era de perda. Coisa que muitos sentem. O sentimento era uma saudade infinda, que deixara no peito daquele homem, um buraco de proporções abissais. Quanto ao seu amigo de quatro patas, pretendia reencontrá-lo um dia. “Quem sabe no céu dos cachorros ou no paraíso dos humanos” pensava. Não dava nome aos bois, ou ao que fosse, quando se tratava da vida após a morte. Apenas dizia que se Deus precede tudo e todos, então tudo e todos não tinham nada a perder. Simples assim. 




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