SINAIS DE FOGO
Ele sempre tinha febre quando se apaixonava. Era como se o espírito esquentasse 42º. A febre era d’alma. Coisa que o corpo sente. Mas para tal, não bastava tomar um antitérmico. A febre estava no corpo, mas vinha do espírito. Então, antitérmico não resolvia. O que resolvia era beijo. O que fazia-o melhorar era afago. Quando a febre passou dos 50º, quase morto e com calafrios, pediu que ligassem para ela. Chamada às pressas, ela veio. Quem é ela? O motivo da febre. Quando chegou, olharam-se. Ele, quase morto, mal pode abrir os olhos. Mas abriu. Com o coração disparado, ela perguntou porquê tanto drama. Ele, quase morto, não pôde responder. Como não havia muito tempo, e ela estava ali para salvar a vida dele, debruçou-se no leito de morte e beijo-o. Não demorou cinco segundos e ele já estava de pé. Era o milagre do amor! Como último pedido ele desejou que ela se deitasse ali. Nua. Ela ripostou que se ele não estava mais morrendo, não tinha direito a um último desejo. “Isso se dá aos condenados. E você acaba de ser libertado. Você é muito mimado. Não faça drama”— ela disse. “Então me ama” — ele respondeu.
Ele quase morreu de paixão. Mas ela chegou e a coisa mudou.
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