AMOR DE CHOCOLATE
Ela caminhava pela Monsieur Legrand com uma bomba de chocolate na mão. Não era dada a atos bélicos, mas acordara disposta a explodir alguma coisa. Era uma bomba caseira. Ao avistar uma lixeira, cismou em acender o artefato e jogá-lo ali dentro. Desistiu. Minutos depois, cogitou se não seria melhor explodir um carro. Não o fez. Quando estava quase pensando em abster-se, teve a ideia de jogá-lo dentro da bolsa de uma senhora. Achou bizarro. A velha explodiria igual a uma jaca mole. Encontrariam pedaços de velha nos quatro cantos do mundo. Ela não era assassina. Melhor parar com isso. Lembrou-se que duas ruas abaixo da Monsieur Legrand havia uma ponte. “Por que não atirar a bomba de lá? O máximo que pode acontecer é acertar algum cardume” — pensou. “Mas peixe não tem alma”, — “matá-lo, mesmo que fosse por puro tédio, não faria mal a ninguém” — concluiu. Foi aí que deu-se conta do absurdo que estava cometendo. Como alguém em sã consciência, sai de casa com uma bomba de chocolate, disposta a explodir qualquer coisa? Nem mulher-bomba ela era… Nem má. Assustada consigo mesma, voltou para casa chorando. Sem querer, ao acender um marshmallow, acabou conflagrando a bomba por engano. Resultado: bummmmmmmmmmmmmm!
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