LA CHANSON D’ARRIETY
Em uma aldeia ao sul do Azerbaijão, vivia um monge com seu menino. Todos os dias acordavam cedo para buscar água no riacho. Em um desses passeios matinais, sentaram-se à margem do ribeiro, e depois de alguns minutos de meditação, o monge perguntou:
– Menino, o que você quer ser quando crescer?
O menino respondeu:
– Nada.
– Como assim? – perguntou o mestre. Nada?
– Nada, senhor. O senhor é o maior exemplo disso. Passou a vida toda sendo nada, e agora que a velhice abocanha-lhe o calcanhar, o senhor parece ser tudo. Tem dias que é vento. Tem noites que é trovoada. Voa como uma águia em dias ensolarados. Transforma-se numa estrela em noites de luar. Por isso quero ser nada. Pois assim posso ser tudo: quando for nada.
Com os olhos rasos d’água, o monge calou-se: não disse nada.
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