CARUSO
Os olhos reconhecem o mundo. Esse universo misterioso faz da vida um belo amanhecer. Transforma sons, desejos, libera nossa força positiva, e nos faz enxergar o futuro no presente. Gosto desta palavra: futuro. Sinto-me impelido a fazer o bem, toda vez que a ouço. Como quem planta uma árvore. Como quem gera um filho. Como quem adota um cão ou um gato. Como quem acredita que um gesto por mais simples que seja, é capaz de mudar o mundo. Sinto-me renascido toda vez que faço alguma coisa boa para alguém. É como se ao ajudar, eu fosse ajudado. Assim livro-me do egoísmo, da vaidade, do preconceito, da vilania. Assim posso levantar da cama de cabeça erguida. Assim consigo deitar a cabeça no travesseiro e dormir. Viver é isso. E aquilo também. Graças ao livre arbítrio pude escolher o caminho do meio. Aquele da perseverança. Aquele da fé raciocinada. Aquele que diz que somos todos iguais na presença de Deus. É disto que meu espírito se alimenta: de bondade. Da bondade do outro me abasteço. Estar ao lado de alguém nos momentos de alegria e de dor, fazem de mim um ser humano útil à sociedade. Deus não me deu este corpo para que eu não fizesse nada com ele. Esse invólucro carnal que abraça minh’alma é meu instrumento de trabalho. Como uma pá. Como uma enxada. Preciso mantê-lo forte e saudável para servir. O meu semelhante precisa de mim, mais do que eu de mim mesmo. E eu, um servo de Deus como outro qualquer, preciso do meu semelhante até para entender os meandros de mi mesmo. Gratidão é coisa de gente grande. Reconhecimento é coisa de gente madura. Por isso agradeço por tudo. Porque tem gente que salvou-me a vida com um simples copo d’água. Todos precisamos de todos o tempo todo. Iguais na hora da alegria e da dor. O que eu sinto: o outro sente. Se o outro corta o dedo: sei como é. Já vivi esta dor. E mesmo que não soubesse, a responsabilidade moral, me faz correr e ajudar. Por isso peço a Deus que nunca me faça rei. Mas que me faça ser o mais humilde dos servos. Aquele que se suja. Aquele que põe o pé na lama. Aquele que deita-se no barro para o outro passar. Assim meu corpo ficará mais forte. O meu espírito ao invés do ódio só conhecerá o amor. Assim, eu acordo para a vida. E aprendo de uma vez por todas, que não se leva nada da Terra, além do bem ou do mal de nós mesmos.
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