SÓCIO DO AMOR


Coisa que ele disse para ele:

— Quando tu me deixaste, creste que eu fosse ficar me compelindo, — como aquele que tem quatro pés de manhã, dois ao meio-dia e três ao entardecer, e que na infância arrasta-se sobre os pés e as mãos; na idade adulta, mantém-se sobre os dois pés; e na velhice, precisa de um bastão para andar. Não sou esse tipo de homem. Embora, de vez em quando, ele venha me visitar, — avisando-me que a infância passou, a idade adulta é a que estou, e a velhice não tarda a chegar. Por isso espero sentado. A velhice. Não a ti. Sou como o enigma da esfinge de Tebas: “Decifra-me ou…”. Tu não és Édipo, meu rei. Presumiste que eu fosse morrer por amor? Erraste. 

— Pensaste que eu jamais iria te esquecer? 

— Pensei. 

— Só que não.  


 CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS:


SÓCIO DO AMOR™ © copyright by Carlos Alberto Pereira dos Santos 2014
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

GAROTO DE PROGRAMA

ETERNAMENTE ANILZA!

COLOQUE O AMENDOIM NO BURACO DO AMENDOIM