BASTA QUERER
Pessoas como dona Zilda Arns não dão em cachos. Uma pena. Como seria bom se esbarrássemos com gente assim em qualquer videira. Uma mulher que fez tão bem ao Brasil, só pode ter vindo ao mundo com a missão de ser santa. Gosto desses santos do dia a dia. Daqueles que não precisam de auréola ou de altar. Daqueles que não são de barro nem de gesso. Daqueles que são de carne e osso. Daqueles que não são feitos pela mão do homem, mas pela Mão de Deus. E esses santos podem ser qualquer um: basta querer.
Dona Zilda é assim: a solidariedade em pessoa. Digo é, porque ela vive no coração de todos nós. A médica, especializada em pediatria e educação física; fundadora da Pastoral da Criança, que vitimada no terremoto que assolou o Haiti, despediu-se de nós aos setenta e cinco anos de idade, em Porto Príncipe, no dia 12 de janeiro de 2010, para que seu espírito pudesse seguir viagem rumo à Casa de Deus. Certamente está agora no Céu, programando a sua próxima viagem. E qual será o destino? O Brasil do futuro. Porque ela sabe que ainda precisamos dela. Precisamos de gente assim, aqui, trabalhando com a gente.
A Obra desta sanitarista não irá acabar. Uma cidadã que ajudou a salvar mais de dois milhões de crianças da desnutrição; que explicou que duas medidas de açúcar e uma de sal, misturadas em um copo d’água (o soro caseiro) podem salvar vidas; que incentivou o aleitamento materno, a vacinação e o controlo do peso dessas crianças; que ensinou a reforçar a alimentação com uma mistura de farinha de trigo, casca de ovo, farelo de arroz, soja, folha de mandioca e pó de semente; que incluiu na preparação do alimento para gestantes com anemia, um prego enferrujado: garantindo o ferro que faltava no sangue; que foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz três vezes; só poderia despedir-se do mundo dentro de uma igreja. Foi como se Deus a tivesse vindo buscar pessoalmente. Penso até que lá estavam: Jesus, Maria de Nazaré, Gandhi, Buda, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, e todos os outros homens e mulheres santos, que passaram pela Terra. Porque pessoas como dona Zilda Arns, quando morrem, são recebidas no Céu ao som de trombetas e fogos de artifício.
E já que era dia de festa no céu, o dia em que dona Zilda Arns partiu, não há motivo para tristeza. Nem para ela que foi, nem para nós que ficamos. A vida é cíclica. Por isso, esta mulher generosa, ao terminar a sua missão; voltou para Casa.
Nenhuma mãe estará sozinha, sabendo que tem no Céu uma outra mãe, rezando por ela.
Para fazer o outro feliz é muito simples: basta querer.
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