CONGA, CONGA, CONGA
Prisioneiros da caverna: Eu sinto falta do tempo em que as pessoas conversavam olhando nos olhos. Ali, de frente para o desconhecido, entregues ao acaso. Hoje é diferente. Vejo pessoas andando na rua, olhando para baixo, mexendo no celular. Nos transportes públicos é uma loucura: todo mundo vitrificado em uma tela Retina Display, que mede algumas poucas polegadas, mas que representa um universo de possibilidades. Eu acho pura perda de tempo. Sinto falta da época em que as pessoas liam livros. Entrava-se em um coletivo e lá estava o sujeito lendo. Até nos cafés a coisa mudou. Lembro-me que sempre havia alguém com um livro nas mãos, enquanto outrem trazia a alma nos olhos. Agora é diferente: celular, tablet, notebook… E ainda se espantam do mundo andar tão complicado! Que o ser humano é incompreensível, disso eu sei a tempos. Agora, esse novo mundo de plástico com suas possibilidades infinitas, me encabula. Até porque não acho que haja tanta possibilidade assim. O ser h