SÓCIO DO AMOR
Coisa que ele disse para ele:
— Quando tu me deixaste, creste que eu fosse ficar me
compelindo, — como aquele que
tem quatro pés de manhã, dois ao meio-dia e três ao entardecer, e que na
infância arrasta-se sobre os pés e as mãos; na idade adulta, mantém-se sobre os
dois pés; e na velhice, precisa de um bastão para andar. Não sou esse tipo de
homem. Embora, de vez em quando, ele venha me visitar, — avisando-me que a infância passou, a idade
adulta é a que estou, e a velhice não tarda a chegar. Por isso espero sentado.
A velhice. Não a ti. Sou como o enigma da esfinge de Tebas:
“Decifra-me ou…”. Tu não és Édipo, meu rei. Presumiste que eu fosse morrer por
amor? Erraste.
— Pensaste que eu jamais iria te esquecer?
— Pensei.
— Só que não.
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