WILDCAT
Orixá:
Quanto mais eu dou a volta ao mundo, mais voltas o mundo dá. Como a roda para a humanidade. Como a ciranda
para o cirandeiro. Como o vento para o catavento. Como o oxigênio para o ar. Nos arredores de mim há um
lago. Em minhas cercanias, o mar. Há um deserto em meu entorno. Um rio de águas
calmas também há. Quanto mais eu rodo, mais a roda, roda. Quanto mais eu giro,
mais o mundo põe-se a girar. Rodopiante como a dança divina dos dervixes na
Turquia. Gira, gira, feito Pombajira. Feito a Terra girando em torno do Sol: translação. Feito a Lua girando em torno da Terra: revolução. Feito uma e outra girando em torno do próprio eixo: rotação. Ou do homem girando em torno de si mesmo: autoconhecimento. Feito pião e erê: a descoberta do mundo. Feito você e eu e eu e você: amor. Feito bambolê à bambolear: o balançar dos quadris. Eu sou o olho
do olho do furacão. Sou o não e o sim. Sou o sim e o não. Sou samba-canção. O ser
e o não-ser: “eis a questão”. Sou o
verbo amar. E já que o amor é o que há, e toda rima quer rimar, poesia perfeita
é aquela que me deixa sem ar; como a vida, minha coirmã: Eparrei, Iansã!
CONTACT CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS
SANTOS:
WILDCAT™ © copyright by Carlos
Alberto Pereira dos Santos 2013
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS
TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS BY CARLOS ALBERTO PEREIRA DOS SANTOS
Comentários
Postar um comentário