AMAPOLA


Mes grands-parents:

Eu tive avós maravilhosos. Avós emprestados. Avós tortos. Avós que me foram dados pela vida. Avós que me foram ofertados por Deus. Avós possíveis. Avós estes tão generosos, que não exitaram em me trazer para dentro de suas casas, e me ensinar que a parentela espiritual não está no sangue que corre nas veias, mas na alma que trazemos nas mãos. Deles me lembro todos os dias. Meu avô morreu quando eu tinha quatro anos de idade. Convivemos pouco, mas a qualidade do amor que dedicamos um ao outro ao longo de quarenta e oito meses, foi suficiente para tornarmo-nos inesquecíveis. Minha avó ficou comigo mais tempo. Foram décadas juntos. Ela ensinou-me a ler, a escrever, a gostar de ler, a gostar de escrever. Tentou ensinar-me a desenhar. Não deu certo. Tentou ensinar-me a pintar. Um desastre. Plantou em mim a fé cristã. Floresceu. Deus é o centro da minha vida. Jesus está comigo desde sempre. Maria de Nazaré leva consigo a minha fé. Atinente ao verdadeiro, ao bom e ao belo, tudo que sei aprendi com a minha avó. Concernente à gratidão, ao perdão, às coisas do coração, vive em mim o meu avô. Por isso, só me resta agradecer a Deus por ter vindo ao mundo, e ter sido recebido com tanto amor, que se eu nascesse mil vezes neste corpo, pediria para ser neto do vovô Manoel e da vó Conceição: a minha família.

Os avós são papoulas plantadas nos campos do Senhor.


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