LOVE GENERATION
O monólogo é um diálogo que deixou de existir: — Pai, por que não posso ler “En verso y prosa – Antología”, de Gabriel Mistral, — antes do almoço? — Porque faz mal ler de estômago vazio, meu filho. — E por que não posso ler “Antología de poesía indígena latinoamericana”, de Jaime Huénún, — depois do jantar? — Por que faz mal ler de estômago cheio, meu filho. — Então quando posso ler, pai? — Depois de perscrutar trecho a trecho “La vida se puso cuesta arriba y yo iba cuesta abajo”, de Antonio Duarte, — e “Gabriela la poeta viajera, de Alejandra Toro. Ah, e antes de compulsar “Matematica… ¿Estás ahí?”, de Adrián Paenza, — e “Temblor del cielo”, de Vicente Huidobro. — Mas quando será isso? — Isso… só o tempo dirá. Contudo, deixe de conversa fiada, pegue um livro e vá ler. Sem querer me meter em sua vida, mas já me metendo, eu sugiro “Crónica del pájaro que da cuerda al mundo”, de Haruki Murakami, — ou “Respiración Artificial”, de Ricardo