DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Reflexões:
Quando
se fala da condição do negro no Brasil, também se fala da busca da correção de
erros histórias, que perpetuaram-se em um racismo cultural, que forjou em nosso
cotidiano o etnocentrismo dizimador das minorias raciais, como se fosse possível negar a presença de uma ou de outra etnia em nossa sociedade. Independente da cor ou da raça,
o indivíduo deve ter seus direitos civis afiançados (seja em moradia,
educação, saúde, lazer, religião, esporte, política, orientação sexual) em
todos os âmbitos de sua vida. Seja com relação a cor (preto, branco, amarelo, verde,
azul, lilás, ou quantas mais o indivíduo entenda pertencer; afinal de contas o
brasileiro é uma aquarela com possibilidades infinitas; vide a miscigenação) ou à etnia (negros,
brancos, indígenas, pardos, mulatos, caboclos, cafuzos), somos todos cidadãos
brasileiros.
Em
uma sociedade capitalista feito a nossa, sabemos que o dinheiro é a fita
métrica das relações humanas. Quem tem muito dinheiro, manda. Quem tem pouco ou
quase nenhum, abaixa a cabeça e obedece. É um agrupamento cruel, que faz do
homem objeto de consumo do homem. É o corpo social do “cada macaco no seu galho”
e de “os que que são brancos que se entendam”. Quem fica de fora dessa equação
é jogado na periferia dos agrupamentos urbanos e acaba à margem da sociedade. Isso
não tem o menor sentido de comunidade, grupo ou povo. Pois como bem sabemos, uma
nação próspera é aquela onde os direitos e deveres de todos são considerados.
Para
os negros a saída é estudar: e muito! Porque à medida que o indivíduo ascende
socialmente, acaba tendo uma melhor colocação profissional, obtêm maior poder aquisitivo, mora em melhores bairros, frequenta melhores lugares, e tem de fato o seu direito de ir e vir garantido.
Enquanto a medida do ser humano no Brasil for a conta bancária, as coisas serão
assim: durante muitos e muitos séculos.
O
Dia Nacional da Consciência Negra não é uma data para ser comemorada apenas
pelos negros. É o dia de todos nós agradecermos a Deus pela colaboração cultural de um povo
que saiu da África, foi trazido contra a sua vontade para o Brasil, trabalhou
de sol a sol para que a nação se desenvolvesse, construiu tijolo a tijolo tudo
o que existe: mas que ao ser libertado pela Lei Áurea, se viu sem um centavo no
bolso, e com uma longa estrada pela frente. E apesar de todos esses anos da Abolição da Escravatura, o negro ainda tem que conviver com a pobreza, com o menosprezo, com a ingratidão, com o ódio, com a intolerância, com a hipocrisia, com a discriminação, com o tripúdio, com a indiferença, com o racismo e com o preconceito de cor.
Uma
nação se faz com respeito e amor: caso contrário, é o inferno na Terra.
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