AMIÚDE


Dedicado à minha doce Damiana, ou simplesmente, mamãe.



O cântigo lírico dos pássaros e a Árvore da Vida amamentando seus frutos. A casta dama dos seios de rubi, acalentando o filho de seu ventre, à beira do amor umbilical. Das asas do morcego brotaram pétalas, e rosas, e romãs. Da pastilha aguada da ortelã vê-se a cor da solitude. E da face da jovem mãe surgem rugas. Porque da sua mente nasce a incerteza. Pois o filho que não tarda, ao nascer roubará o seu coração. Porque após engravidar, a paz aparta-se-à. A partir de então nunca mais será ela mesma. Agora haverá um coração a arfar, que nascerá e jamais a deixará tranquila: Pois será a sua herança.




A mãe descobre que deu a luz ao futuro. E chora por quem ainda não conhece. Mas ama. Porque durante nove meses, visitava amiúde, o filho. Depois vieram as dores do parto. O alívio da vida. O rebento nos braços. Dos seios, – o leite. Ao dar a luz, ela percebe que toda mulher aprende a amar quando torna-se mãe. E toda mãe é santa, pois vive o milagre da vida. Ao tornarem-se mães, as Amazonas tornam-se guerreiras e combatem por suas crias. A leoa afia as garras e devora quem dela atiça o ardor da cólera. Assim são as mães. E assim são as Mães de Acari. E as Mães da Praça de Maio. E as Mães da Candelária. E as Mães das vítimas do massacre de Realengo. E assim também é Maria de Nazaré. E minha doce Santa Mônica. E Nossa Senhora da Conceição Aparecida. E Nossa Senhora de Fátima. E minha eterna Madona. E minha doce Gioconda. E as mães dos Órfãos da Terra. Porque só elas sabem o quanto de seu foi posto no universo. Por isso mães são mães. Guerreiras. Humanas. Sagradas. Verdadeiras. Sim, mães são mães.




O doce encanto das palavras e a vida sem fim. As rugas tornam-se mapas. Cada face um país. A jovem mãe; envelhece. E adormece feliz. Pois sabe que seus frutos deram flores e mais frutos. Agora ela pode sonhar, porque cunpriu o Dom do seu talento. Semeou o mundo e plantou tantas sementes, que o infinito pode ser chamado pelo calor do seu nome. Por isso deito-me no colo de minha mãe e beijo-lhe a testa. Que a cada vida, a ela seja dado uma vida sem limites. E uma eternidade a mais para nos amarmos infinitamente. Afinal, o Deus que criou o Céu e a Terra, foi bastante generoso ao me dar, a mãe que desejei para mim. E é por isso que eu amo demais.

















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Comentários

  1. Muito lindo,Betto!!! Amei!!!

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  2. Rebeca Barata Ribeiro7 de maio de 2011 às 19:51

    Betto, você nasceu para emocionar e trazer felicidade para os seus leitores. Amo os seus textos, querido! Amo!!!

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  3. Carlos Magno Pereira da Silva8 de maio de 2011 às 10:16

    Maravilhoso, brother! Adorei!

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  4. Betto, você é um homem tão iluminado que fica claro em seus textos que você é um ser humano muito especial. Parabéns por mais um texto cheio de emoção. Cada vez mais, o mundo precisa de pessoas como você. Paz e Luz, querido. Beijos!

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  5. Betto você é um cara tão talentoso, que cada texto seu é um presente para todos os seus leitores. Sinto-me muito feliz em ser brasileira como você! Uma honra ter um brasileiro assim... tão talentoso! I LOVE YOU!!! Beijos!!!

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  6. Maria Luiza Viegas9 de maio de 2011 às 11:03

    Lindo, Betto! Lindo!

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  7. Paula Ferreira de Albuquerque9 de maio de 2011 às 11:46

    Betto, você é tudo de bom! Beijos, amado!

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  8. Henrique da Silva Duque12 de maio de 2011 às 07:01

    Cara, você é muito talentoso! Meus parabéns! Abs!!!

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