NO SOY DE AQUÍ NI SOY DE ALLÁ
The time of farewell:
No dia que Gabriel García Márquez morreu, fez sol no Rio de
Janeiro. Mas dentro de mim, chovia. Torrencialmente. Chorei copiosamente em 17
de abril de 2014. No início foi um choro contido, como quem chora em anexo
para ninguém ver. Depois desaguei-me todo. Jamais vi tanta lágrima a sair do
íntimo de mim. Era o choro de dor da hora da partida. Era a ausência de tudo em
meio a perda do pai. Porque de certa forma, o Gabo foi meu pai literário. O
homem que li e amei, como quem lê e ama, aquele que só conhece através dos
personagens de um livro. Quando meus olhos puderam ver “Cem Anos de Solidão”,
minh’alma sentiu-se arrebatada: como ‘Alice no País das Maravilhas’, de Charles
Lutwidge Dogson. Era o Real Maravilhoso invadindo-me o espírito, como Doroth em
‘O Mágico de Oz’, de L. Frank Baum. O mesmo se deu nas páginas de ‘O Amor nos
Tempos do Cólera’. Daquele dia em diante nunca mais fui o mesmo.
No dia que Gabo morreu, fez sol no Rio de Janeiro. Mas
dentro de mim, chovia: torrencialmente.
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